Marcos Ramo

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Informações úteis para você e seu negócio

Finanças Sob Medida para a Pequena Empresa

Saiba como as finanças podem ajudar no sucesso do seu negócio!

O empreendedor, de maneira geral, tem uma grande responsabilidade quando decide empreender e se tornar empresário, ainda mais quando consideramos a realidade de se iniciar um novo negócio em solo Brasileiro. Além da elevada carga tributária e do tão falado “CUSTO BRASIL”, temos diversos obstáculos na jornada empreendedora.

Agora multiplique tudo isso por 3 quando pensamos na pequena empresa, que na grande maioria das vezes, conta apenas com a participação do próprio dono ou alguns poucos colaboradores, que nem sempre são oficialmente registrados. Faltam braços e sobram tarefas para gerir o dia-a-dia da pequena empresa.

Estudo do SEBRAE indica que as principais causas para a mortalidade das empresas nos seus primeiros anos de vida, correspondem a:

  • Falta de planejamento
  • Negociação de prazos com fornecedores
  • Capacitação da mão-de-obra
  • Falta de diferenciação e atualização
  • Falta de controles e acompanhamento de despesas e receitas
  • Etc.

Então, por que a área financeira, ou a gestão financeira é tão importante para a pequena empresa?

Antes da resposta, quero ressaltar que a gestão financeira não importa apenas às pequenas empresas; ela é imprescindível para toda e qualquer empresa, de qualquer porte, segmento ou nacionalidade; todas necessitam das suas ações.

Voltando à questão, notem que das principais causas de mortalidade das empresas, três em cinco, ou 60% das causas, estão diretamente associadas às atribuições da gestão financeira, sendo, entretanto, parte relacionada em todas as causas listadas.

1-Planejamento

A palavra pode ser abstrata e induzir a uma visão global da empresa, mas é fato que planejamento sem números, sem objetivos, não é planejamento. Então nos referimos aqui ao planejamento financeiro, que se inicia com o plano de negócio, avança para o plano estratégico e traduz em números, os resultados esperados para sua operação em determinado período: receita (faturamento); custos e despesas; lucratividade; recursos e tecnologia disponíveis.

O principal instrumento é o orçamento empresarial e a projeção dos demonstrativos financeiros (Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE; Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Fluxo de Caixa).

2-Negociação de Prazos

Negociar prazos com fornecedores é essencial para a saúde financeira do negócio, medida através do seu ciclo financeiro, já que dos fornecedores obtemos crédito para o pagamento das compras realizadas (insumos, matéria prima e serviços) que combinadas ao giro de estoque da operação, garantem um melhor resultado.

O ciclo financeiro, entretanto, necessita de outra negociação de prazo, ou seja, a condição de pagamento oferecida aos clientes nas vendas realizadas, onde o grande objetivo deve ser o de receber a maior parte das vendas “à vista”; ou no menor prazo possível.

Portanto quanto menor for o prazo de recebimento dos valores das vendas, maior o prazo de pagamento aos fornecedores e menor o prazo de permanência dos insumos e mercadorias em estoque, melhor será o fluxo financeiro, que de forma simples representa o período médio em que a empresa precisa “financiar” sua operação, seja com capital próprio ou de terceiros.

Mão-de-obra qualificada é uma demanda de todas as áreas e funções dentro da empresa, já que contribuem para maior eficiência operacional e melhores resultados.

Sobre os diferenciais que a empresa precisa ter, a própria gestão financeira eficiente, poderia representar um diferencial em seu segmento de negócio, especialmente para as pequenas empresas.

Para ter um maior aprofundamento desse tema, recomendo a leitura do livro: Finanças Sob Medida Para Pequenas Empresas, disponível na loja da Amazon.

A gestão financeira da pequena empresa deve focar, entre outras coisas, no ‘Caixa’, ‘Controle de Custos’ e ‘Capital Requerido’ – para giro e investimentos.

O empreendedor, agora pequeno empresário, não pode desprezar essa importante área de gestão em seu negócio, mesmo porque existem, hoje, alternativas e modelos mais flexíveis e econômicos, que permitem a viabilização da sua implantação, com ajuda de terceiros ou mesmo de um sócio para dividir a gestão, capital e riscos.

Existem algumas etapas e ações necessárias para o sucesso da gestão financeira, sendo o primeiro e mais importante: o engajamento e adesão do dono, à sua existência. Não se trata de crença, mas sim de cumprir o que for necessário para a condução financeira da empresa.

Digo isso, porque existem empresários que afirmam possuir uma gestão financeira, mas não aceitam separar as finanças da empresa das suas pessoais. A empresa deve ter uma ou mais contas bancárias em seu nome – CNPJ, enquanto o empresário, pessoa física, possui sua(s) própria(s) conta(s) bancária(s).

O empresário que conseguir, de fato, distinguir suas finanças pessoais das da empresa, já terá dado o mais importante passo rumo ao sucesso financeiro da sua empresa. O restante dependerá da qualidade do gestor designado, seja ele próprio, um colaborador, um terceiro ou um sócio.

No final do dia o que importa é ter um responsável por cada função chave dentro da empresa e, aqui falamos das vendas, marketing, produção, logística, administração, finanças, tecnologia etc. Apesar de não ser impossível ter todas as funções alocadas em uma única pessoa, o ideal é que haja uma segregação mínima entre duas ou três pessoas, sejam físicas (sócios/colaboradores/terceiros) ou jurídicas (prestadores de serviços especializados e profissionais).

Não basta apenas planejar as finanças para que a gestão seja eficiente, como vimos é importante controlar custos e despesas, fluxo de caixa e acompanhar a performance financeira da empresa.

Como nos ensina o professor e estatístico norte americano, William Edwards Deming, “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia. ”

E por experiência profissional de muitos anos, posso te garantir que não se gerencia sem a utilização de um sistema de informação integrado, que permita reunir em só local e base de dados, os processos de negócio, registro das transações, emissão de notas fiscais, declarações ao fisco, contabilidade, custos, relatórios gerenciais, indicadores de performance entre tantas outras informações sobre o passado, o presente e o futuro da sua empresa.

Sistema de informações ou sistema de gestão integrado, também conhecido como sistema ERP, do acrônimo em inglês para ‘Enterprise Resource Planning”, foi considerado no passado algo possível apenas para as grandes empresas que podiam investir na contratação de licenças de uso do software, contratos de manutenção e atualização, consultoria para implementação, infraestrutura de TI como: banco de dados, servidores, computadores, além da necessidade de dispor de equipe própria ou terceirizada para operação e administração do sistema.

A boa notícia é que a realidade de hoje, é totalmente diferente e possibilita uma vasta gama de sistemas disponíveis e a custo acessível para todo e qualquer tipo de negócio, desde o Microempreendedor Individual – MEI, até as gigantes multinacionais.

A tecnologia evoluiu, a maior parte dos sistemas para micro e pequenas empresas é oferecido na nuvem, ou seja, com acesso pela internet, eliminando a necessidade de investimentos em infraestrutura de TI e com interface amigável que facilita a implementação, podendo ser feita pela própria empresa e com pagamentos no modelo de assinatura mensal e o mais importante, dentro da capacidade financeira das empresas, já que os planos consideram o nível e volume de faturamento da empresa.


Se você gostou desse conteúdo e quer ter maior compreensão sobre as finanças da sua empresa, recomendo a leitura do livro abaixo!


Finanças sob medida para Pequenas Empresas

Contar com o auxílio de um contador pode garantir mais tranquilidade ao contribuinte, isso porque a declaração do imposto de renda, mesmo em seu formato simplificado, pode gerar dúvidas, e o preenchimento correto minimiza o risco de questionamentos e até mesmo de cair na malha fina.

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